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DESDELDESVAN

ALERA DOS .... DE SAL

DE SAL

En homenaje a Ada Salas y el libro de poemas “La sed” 

Y también a Desideri Lombarte, César Vallejo

                       y tantos otros.

Ada Salas...

Salada soledad

 salada soledad

que se inicia

                       __ cap i cùa __

y se acaba con espumas

palíndromo del mar

ida y vuelta desalada

alada claridad

de rumbo en el vacío

nada de la nada

silencio y desvarío

Ada Salas, hada de sal

en el giro sin final                      

del fatum

en la rueda de la ebriedad

sabor de soledad.

Amarga sal.

Mariano Ibeas

2 comentarios

Mariano Ibeas -

Gracias, Carolina: Es una preciosidad, aunque apenas si puedo leer y comprender mínimamente el portugués, y por lo tanto me perderé los auténticos valores y matices de la lengua; gracias por tu visita y sé que alguien más leerá con placer tus versos. Te dedicaré también una cita de António Ramos Rosa.

Mariano Ibeas
Un placer tenerte aquí.

Carolina -

Me gustan tus poesías, Mariano. Me encantaría poder escribir poesías en tu lengua, pero no soy española. A lo mejor, si escribo algunos versos, puede que sean buenos, pero jamás cobrarían vida como lo hacen cuando escritos en mi lengua madre – el portugués. Además para escribir poesías, antes de todo, hay que dominar la lengua, lo que no ocurre en mi caso. Pero bien, dejo abajo dos poesías en portugués para que intentes leer. Tiene que ver con uno chico llamado Ramón, un tuno a quién no lo conozco, pero que he visto dos veces en mi vida mientras estuve en Santiago de Compostela. Sé que puede parecer un poco raro, pero al enviar estas poesías a ti, una parte de mí puede acordarse del viaje que hice a España hace poco tiempo y que tanto me da añoranza.
Saludos, Carolina

RINCÓN
Es tan corto el amor, y es
tan largo el olvido (Neruda)

Foi castigo para quem desdenha o
olhar.
Nesse dia desprevenido,
desses desprovidos de juízo,
emergidos da magia,
desses em que estranhos vem e vão,
passa pessoa passa pessoa passa
e nunca fita,
um me chamou a atenção.
Virei e vi
virei o que não vi
volvi enamorada.

Foi castigo para quem desdenha o
olhar.
Olhos entre tantos olhos
foi meu o escolhido
cujo dele me escolheu.

E agora não se lembra e não se sabe.
Nem poderia, ridícula que sou,
pensar que se lembraria
de tal vago instante
fugaz e efêmero
esse que passou
há já tanto tempo.

Mas ainda assim eu o queria
como amor perdido
de almas desencontradas
de alguma vida passada.

Pode ter sido só um anjo distraído,
um erro das rugas do tempo ou do
campo enérgico do destino
deixar que nos víssemos em vão
de repente como uma prévia ou uma
recordação.

Eu nem sei mais,
é mais um rosto que se esvai.
Só sei o que ficou:
sou um lado da moeda e me acostumo
ao rincón do meu amor.



FEITO SEM EFEITO

Uma vez, quando jovem, eu escrevi
uma carta
Sentei na escada
Deixei as teorias tontas, controversas
E toda essa conversa
De pós-modernidade
Tecnologia e banalização do dia-a-dia
De lado
Me vali somente do que acreditava
Sem muita demagogia e teorização
Penetrei em palavras
Suspirei entrelinhas
Espacei-me em parágrafos
Transportei toda a mente
Pro papel apoiado no meu colo
trêmulo
Tudo para escrever uma carta
Por sinal uma carta bem banal
Mas bem bem-feita
Em bendita hora
Feito de minhas mãos

O tempo passou
E me pasmou
Silencioso